Introdução

Posted by Thays França | | Posted on 13:55

0

O objetivo do nosso trabalho foi investigar e conhecer o passado escolar de um dos nossos entrevistados, para que fosse comparado com a nossa escolaridade. E com toda essa pesquisa pudéssemos descobrir como era o ensino antigamente, e vimos quanta coisa mudou de lá pra cá, e cada uma foi dizendo em suas palavras o que achava de cada ensino.

Desenvolvemos os nossos trabalhos por meio de entrevistas, algumas alunas não precisaram de fontes como a Internet para saber o nome de certas escolas, pois seus entrevistados, já tinham tudo nas mãos. O que foi preciso pesquisar mesmo foi o que estava acontecendo naquela época, quando os nossos entrevistados estavam estudando, foi onde todas as alunas usaram mesmo a Internet, como uma fonte principal de pesquisa.

Com esse trabalho queríamos chegar a uma comparação, porque tudo que fizemos pode se igualar a um historiador. Como um, pesquisamos para chegar onde a gente queria, buscando tentar interpretar, o que aconteceu no passado, a importância para a sua época e a sua influência no presente, e chegamos a uma principal resposta de que ele faz exatamente, o que nós fizemos nesse trabalho, que é a pesquisa.


Por: Luana França

Posted by Thays França | | Posted on 09:02

0

Entrevistada: Maria Aparecida Soares de França (Mãe)
57 anos
Superior completo

Entrevistadora: Luana França de Brito

Segue os relatos que achei interessantes sobre a entrevistada, contadas por ela mesma numa narrativa:

Estudei de 1959 a 1980, durante o jardim de infância estudei na rede privada (Instituto Braga Carneiro), fui para a rede pública quando ingressei no primário e permaneci até chegar ao científico.O primário cursei no colégio Francisco Cabrito e o restante no colégio Pedro II.Após o período colegial, cursei história na universidade Gama Filho, tendo me formado no ano de 1980. Durante meu primário, me recordo que gostava muito de português, no ginásio, gostava de todas, porém tinha mais facilidade em biologia.Certo ponto da minha vida tive que seguir um rumo, me garantir com um curso superior, escolhi História, foi uma opção para passar posteriormente para serviço social, porque queria trabalhar em hospital, mas quando fui procurar saber sobre a transferência já havia passado o período.Como já tinha feito amizades no curso, optei por permanecer e terminar.Durante meu período de estudante houveram muitos fatos relevantes na história, mundial e nacional.No Brasil, no ano de 1960 ocorreu um fato importantíssimo, a inauguração da cidade de Brasília, construída por Juscelino Kubitsheck para se tornar a capital do país..No mundo, teve início uma grande revolução comportamental como o surgimento do feminismo e os movimentos civis em favor dos negros e homossexuais, não me recordo muito bem, mas depois vim a estudar na faculdade que escolhi cursar.Em 1962 o Brasil sagrou-se campeão mundial de futebol pela segunda vez, o mesmo ainda não era tão divulgado como é hoje em dia, o futebol virou febre nacional quando no período de ditadura, os militares alienaram a população, ajudados pela conquista do tricampeonato no ano de 1970, tendo como objetivo fazer com que esquecessem os traumas causados pela ditadura.Após o governo de JK, famoso pelo plano 50 anos em 5, assume Jânio Quadros porém não fica mais de 7 meses na presidência, fora substituído por João Goulart.Em 64 ocorre o golpe militar, sob pretexto das supostas tendências comunistas de Jango.A ditadura durou 21 anos, pelo que me lembro foi o pior período da história nacional; estudantes presos, quem ficasse na rua até certa hora sem documento de identificação era preso por vadiagem, inocentes sob tortura...Enfim, ouso a dizer que foram tempos de trevas.Contudo, foi na ditadura militar que o Brasil viveu seu chamado milagre econômico, no ápice da ditadura, no governo de Médici.

Lembro-me quando o rádio foi substituído pela televisão, porém o rádio ainda era o meio de comunicação de massa, pois a TV custava caro e era objeto de luxo.Em 67/68 os festivais de canção no Brasil tornaram-se freqüentes, era uma forma de extravasar toda pressão imposta sobre a população, porém tinha um foco político-ideológico da juventude também, em repressão a ditadura militar.


Em 1973 instaurou-se a crise do petróleo, quando a OPEP triplicou o preço do barril de petróleo, fazendo o mundo inteiro se abalar, particularmente os Estados Unidos, que entraram em recessão.O Brasil, ainda com impulso do milagre econômico, postergou os efeitos desta primeira crise do petróleo utilizando reservas cambiais e, em seguida, empréstimos internacionais para equilibrar sua deficitária balança comercial. Porém o milagre econômico começou a entrar em declínio.Com a segunda crise do petróleo, o Brasil teve sua inflação gradualmente acelerada, por conta dos seguidos aumentos dos preços dos combustíveis no mercado interno, não se sabia até quando os preços no mercado durariam, pessoas iam ao mercado e compravam em estoque, porque no dia seguinte o preço poderia estar absurdo.O milagre econômico então encerrou-se.


No ano de 1980, no Brasil, foi fundado o PT (Partido dos trabalhadores), Oscar Niemeyer criou o Memorial Juscelino Kubitsheck, a biblioteca de aproximadamente 3 mil volumes e o acervo de fotos, medalhas e documentos ajudam a contar a história do Brasil.

Na minha época, os alunos respeitavam mais a instituição de ensino, os professores e davam mais valor ao que era passado pelo seu educador.Eram obedientes às regras impostas.Os professores, defendiam a causa de ensinar, cobravam e eram rígidos.Em época de prova ia para biblioteca do colégio ou numa pública e para fazer trabalho também porque haviam livros que eu não tinha em casa. não existia prova de recuperação e sim segunda época.Caso o aluno não alcançasse a média que era de cinco pontos, estava em segunda época, não passando era reprovado.Toda segunda-feira antes da aula era cantado o hino nacional.O espaço físico do colégio era amplo, com pátio para as crianças socializarem na hora do intervalo, com quadra para prática de esporte, piscina.

Lembro-me que mantinha uma boa relação com meus colegas de turma, uns freqüentavam a casa dos outros, mas eu não podia pois minha mãe não permitia, minha mãe era muito rígida.Certa vez, quando cursava o segundo ano do ginásio uma colega de turma me influenciou a matar aula para namorar, após o intervalo.Não contei com a sorte pois o professor que daria a aula não compareceu ao colégio, com isso a turma foi liberada mais cedo, e como não estávamos lá nosso material foi recolhido pelo inspetor e levado até o chefe de disciplina, o material só seria entregue mediante a presença dos responsáveis.No mesmo dia fui à casa de uma outra colega de turma e pedi para que ela me emprestasse seu material, para que não chegasse em casa de mãos vazias pois tinha muito medo da reação de minha mãe.Consegui enrolá-la por três dias, no quarto dia minha mãe achou estranho, pois havia dito que uma colega havia levado pra casa minha mochila, pois achou bonita e levou para que a mãe comprasse uma igual; ela me levou ao colégio neste dia, pelo caminho rezava para que não chegássemos ao colégio, coisas do tipo: o ônibus não passar, não chegar e até mesmo virar no caminho, mas não teve jeito, chegando ao colégio ela descobriu tudo e disse que em casa conversaríamos, eu já sabia que não seria uma conversa agradável.Chegando em casa levei uma surra, que me fez nunca mais pensar em matar qualquer aula, por qualquer motivo que fosse.Hoje acho graça da história.

Na época em que fiz vestibular, prestei para medicina, porém não alcancei pontos suficientes para ingressar numa universidade pública, por muito pouco.Não passei porque um dia antes saí para me divertir, achando que chegaria cedo em casa, porém cheguei pela manhã e fui direto fazer a prova, conclusão: dormi durante a prova de francês, justamente o que não me deixou passar.


A comunicação entre pais e escola era através de reunião de pais, havendo algum problema disciplinar ou queda de rendimento os pais eram chamados ao colégio para que fosse averiguado o motivo.Eu encarava a escola como um fator extremamente importante na minha vida, pois era legal, sabia que era um grande passo que estava dando para garantir meu futuro, meus pais; principalmente minha mãe sempre me passaram a idéia que a maior herança que se pode deixar à alguém é a educação pois esta não se vende e não se perde; e o mais engraçado disso tudo é que minha mãe não sabia nem escrever seu nome, mas sabia da importância que a escola tinha, e tem até hoje.

Sei que hoje em dia tudo é facilitado pelo acesso à internet, para pesquisas, trabalhos e etc; isso para algumas pessoas é visto como acomodação.No meu modo de ver, concordo que a internet é um meio de comunicação muito bom, mas realmente acomodou muito os alunos, pois acho melhor a pesquisa em que você vai até a biblioteca procurar o livro, pesquisar o tema, ver qual é o autor, se interessar procurar por mais livros do mesmo, enfim, isso sim é aprendizado, melhor que simplesmente digitar a palavra chave num site de busca e fazer o famoso Ctrl + C/ Ctrl + V sem nem ao menos ler e ver se é o que realmente foi pedido na pesquisa.

Tendo acesso às histórias da entrevistada, no modelo de educação que era usado na época, pude concluir que no meu período escolar a visão dos alunos era completamente diferente, o que importava era passar de ano e não aprender.Tudo era facilitado pela aproximação entre professores e alunos, não havia o medo de chegar até eles e pedir uma "ajudinha" na nota.Descontração na sala de aula era tolerável.A média do colégio onde estudei era seis, era tirada da nota da prova mais a nota do teste e dividia-se por dois, quando havia trabalho, dividia-se por três.


Legenda das fotos, respectivamente:

-Foto no primário da entrevistada

-Foto da entrevistada, quando estudava no colégio Pedro II

-Quadro do primeiro ano escolar da entrevistada

-Carteirinha da universidade Gama Filho da entrevistada

-Diploma da universidade Gama Filho da entrevistada

-Turma da 8ª série da entrevistadora numa ida à Fiocruz

-Último ano do Ensino Médio da entrevistadora


Por: Taís Souto

Posted by Thays França | | Posted on 12:51

0

Entrevistada: Minha tia Cássia Dias Rosas Jaques.
Entrevistadora: Tais Souto.

A época em que se passou a fase escolar da pessoa entrevistada:
Primário : 1965 até 1968, começou o primário com 7 anos, que era dividido em 6 níveis e 5 anos, e minha entrevistada pulou dois anos porque era adiantada. Estudou no Colégio Estadual Gomes Freire de Andrade,localizado na Penha.

Ginásio : 1969 até 1972, para entrar para o ginásio tinha que fazer o concurso de admissão, se não ficava só com a formação primária, isso vai se comparando com o ensino de hoje em dia, porque antigamente se visava mais à informação do que a formação. Estudou também no Colégio Estadual Gomes Freire de Andrade.

Normal : 1972 até 1975 mais uma vez se fazia a prova , pois a minha entrevistada escolheu o normal, porque tinha o científico e escola técnica como escolha. Estudou Escola Normal Heitor Lira,localizado na Penha.
Antigamente eram só 3 anos de normal, e eram divididos assim:

1° ano : estágio com observação em sala de aula
2º ano : estágio com experiência em turma, podendo dar algumas aulas.
3º ano : responsabilidade de uma turma juntamente com o professor.

Antes de 1973 a formalista tinha o nome de professoranda, assumia turma ganhando, contando com o tempo de trabalho para a aposentadoria.
E o vestibular era pela Cesgranrio, onde eram faculdades particulares e públicas, na mesma disputa.

Na época de 1965 até 1975 o período em que esteve na na escola, foi um período de ditadura militar, que só acabou em 1985.
Em 1968 ano de muitas movimentações e muitos acontecimentos importantes, muitas manifestações estudantis contra a Guerra do Vietnã e os regimes autoritários vigentes em vários países do mundo. E o que mais marcou foi o AI-5(Ato Institucional) pelo presidente Costa e Silva.


Os educandos tinham o ensino voltado para a valorização do conteúdo, sempre cobrando uma disciplina arcaica, por exemplo quando recebia visitas na sala de aula os alunos tinha que se levantar, isso era uma demonstração de respeito isso do primário ao ginásio. E também a valorização da pátria, o hino (proclamação da república,da bandeira e o nacional) era cobrado diariamente, que era estudado as letras dos hinos, partitura e canto, e alguns alunos levando o diapasão (aparelho que ajudava os alunos a chegarem ao tom do hino).Os alunos tinham muito orgulho de marchar, era como um dia festa.

As escolas eram muito espaçosas, limpas, arborizadas e higienizadas, os professores eram autoritários, o ensino era só de quadro e giz, apenas a professora era ativa, o aluno só escutava, pois ficava receoso em tirar alguma dúvida com o professor, já que eram tão rudes.
A freqüência era muito cobrada, que entrava como um dos pesos de avaliação do aluno, era tão cobrado que havia cobrança do primário até o científico.

O uniforme:
Primário: meninas saias de prega
Ginásio: meninas saia de macho
Normal: saia de prega , ou seja , eram muito mais formais, e isso tudo visando o emblema da escola.

O lema da escola era : “Quem amava a instituição forçosamente tinha de amar o uniforme que a simbolizava.”

A perspectiva da minha entrevistada era de chegar ao mestrado, que cursou a graduação de Pedagogia na Universidade Federal Fluminense (UFF), e também chegou a cursas algumas disciplinas de pós-graduação, mas acabou trancando por problemas pessoais.

O comportamento da minha entrevistada em sala de aula no primário era de muita restrição e timidez, tudo sempre com muito respeito, sem livre arbítrio, não havia diálogo entre os alunos, já no ginásio houve um pouco mais de abertura.

O preconceito havia em relação à discriminação quanto ao desempenho do aluno, separando-os por conceitos (alto, médios e baixos), sempre quantativamente, se tivesse nota baixo antigamente era nulo.Davam aos alunos fitas (amarelas, verdes) e medalhas pra quem tinha maior desempenho, os melhores alunos ficavam como guardas mirins em frente à escola, lembrando que na faculdade os melhores alunos ficavam como monitores da turma.

Poucas brigas existiam por causa das medidas disciplinares da escola que eram a advertência, repreensão, suspensão e anulamento da matrícula (expulsão).

Na rede do ginásio existia o SOE (serviço de orientação educacional) que era total assistência pelos educadores educacionais formados em pedagogia aos pais e educandos, esse era o tipo de apoio aluno/escola.
Quando tinha um caso de dificuldade escolar entre aluno e professor, primeiramente os professores contavam com os funcionários da escola, inspetores, coordenadores e por último o orientador educacional (SOE).


Merenda:
Até os anos 80 os cardápios eram doces e alguns salgados, e algumas refeições tipo almoço. Dos anos 80 pra cá eram refeições suplementares (café da manhã, almoço e lanche).

Escolas públicas: tinham um médico por escola, e um consultório dentário.

O que eu pude perceber com esse trabalho e poder comparar com a minha escolaridade foram que muitas coisas evoluíram, talvez para nós jovens hoje em dia para melhor. Hoje o aluno está mais integrado na sala de aula, podendo debater com o professor, expor suas opiniões, sem ter medo de fazer perguntas, mas o que vejo que atrapalhou muito essa integração do aluno com o professor, foi que o professor acaba perdendo a sua autoridade, e que eu aluna acho certo, que o professor pode sim ser tratado como amigo, mas fora de sala de aula, e com toda essa liberdade de aluno e professor, alguns valores de respeito e valorização não se tem mais com os professores, já que eles são uma autoridade pros alunos.
Vendo todo esse contraste da época, o uniforme por mais que alguns alunos hoje em dia reclamem, deveriam ser permanecidos e respeitados. Hoje você vê muitas escolas com alunos podendo entrar de calça jeans, e até mesmo as meninas de short, como na escola que eu estudei,era permitido, mas a parte de baixo não podia ser branca, acho que o aluno acaba esquecendo que está em uma escola, e acaba abusando de certas roupas, mas na outra escola que eu estudei que era católica, quem viesse sem o uniforme, não entrava na escola, e quando entrava levava uma advertência pra casa.
Nas escolas ainda existem muitas brigas dentro da sala de aula, acredito que por motivos diferentes, já que antigamente havia disputa por medalhas por quem tinha maior desempenho. As brigas atuais são por motivos de quem é melhor do que o outro, em relação até o seu próprio material escolar, as roupas, os objetos, e até hoje continuam punindo muito, pelo menos é o que eu vejo das escolas que estudei, todas sempre foram muito rígidas, quando a briga era muito grave havia até expulsão.
As escolas eram muito preocupadas com o bem estar dos alunos, pelo menos foi o que eu percebi, haviam consultórios dentários, e um médico . Na minha segunda escola, por ano havia um dentista para fazer tratamento de flúor, mas com o passar dos anos, a escola não aderiu mais, e na minha última escola não havia nenhum tipo de consultório, só uma psicóloga disposta atender a qualquer momento os alunos, que queriam tirar dúvidas com ela em relação ao vestibular, e até mesmo outros problemas pessoais.
Uma das coisas mais interessantes em saber da escola de antigamente, foi que todo dia o hino nacional era cobrado, e das escolas que eu estudei, uma delas, tocava o hino uma vez por ano. Eu acho que isso estimula o aluno a estar mais interessado até nos acontecimentos do seu país, ter mais amor a sua pátria, e isso é muito bonito você está preservando e estimulando os alunos a esse amor ao país. E também o que me chamou atenção era a aula de civismo, onde o aluno estudava os objetivos de ordem, moral e disciplina, desde sempre você poderia saber argumentar sobre os seus próprios direitos, ou seja, isso criava dentro da pessoa um nacionalismo imenso, sempre fazendo com que o aluno fosse mais interessado.
Eu chego à conclusão que o autoritarismo e a liberdade são dois pontos fortes para uma escola ideal. O autoritarismo para que haja respeito ao professor e a liberdade para que o aluno possa estar mais livre dentro da sala de aula, interagindo de uma forma correta com o professor, mas claro sem ultrapassar os limites. Nada vai pra frente se não houver ordem, por isso muitas escolas estão indo pra trás, e o modelo de antigamente fazia com que o aluno mesmo que obrigado, achando chato estar na escola, estava lá de qualquer jeito, por isso acho interessante essa junção de autoritarismo e liberdade.
Legenda das fotos :
1º Parte de trás da carterinha da Universidade Federal Fluminense (UFF) da entrevistada.
2º Carterinha do Colégio Estadual Gomes Freire de Andrade.
3º Caderneta do Colégio Heitor Lira (Normal).
4º Caderneta do Colégio Heitor Lira (Normal) na parte de dentro com assinatura dos responsáveis.

Fontes de pesquisa : www.google.com.br
//pt.wikipedia.org/wiki/Site

Por: Juliana Soares

Posted by Thays França | | Posted on 13:18

0

Entrevistada: Jupiara Campos Soares (mãe)
Superior incompleto (cursando)
Entrevistadora: Juliana Soares Levy

Trajetória escolar:
Jupiara Campos Soares estudou maior parte da sua vida no Colégio Pavuna, tradicionalíssimo da região, localizado na Pavuna, bairro que faz divisa com São João de Meriti. Hoje, o colégio virou Colégio Fluminense, localizado na Rua Paulo Soares do Nascimento, 305.
Após o término da 8ª série, atual 9º ano, a entrevistada se viu obrigada a parar os estudos e começar trabalhar para ajudar em casa.
Após mais ou menos 30 anos afastados dos estudos, a entrevistada sente uma enorme vontade de dar continuidade e ingressar em uma faculdade, deixando todos da sua família surpresos e orgulhosos.
Em 2009 Jupiara começa a faculdade de serviço social, e diz que a idade não a impediu de voltar a estudar, que se sente uma nova pessoa em se tornar universitária e que a faculdade abriu sua cabaça para conhecimentos que nem imaginava adquirir.

Fatos históricos:
1967- 1ª a 4ª série colégio municipal santa Gláucia- localizado em Nova Iguaçu.-09/Out: Che Guevara é executado por ordem dos serviços secretos norte-americanos após vários anos de combate em defesa dos seus ideais de esquerda revolucionária.-presidente do Brasil: Marechal Arthur da Costa e Silva (marechal Costa e Silva) 1971 – admissão- Colégio Pavuna- localizado no bairro da Pavuna. -presidente do Brasil: General Emílio Garrastazu Médici (General Médici) -. 19/Abr: União Soviética coloca em órbita a primeira estação espacial, a Salyut-1.1972- 5ª a 8ª série- Colégio Pavuna- localizado no bairro da Pavuna. -Terroristas árabes do Setembro Negro cometem atentado contra atletas olímpicos em Munique (Setembro) -presidente do Brasil: General Emílio Garrastazu Médici (General Medici)


2007- 2º grau-presidente do Brasil: - Luiz Inácio Lula da Silva. (Lula).-Pela primeira vez desde o triunfo da Revolução Cubana, Fidel não compareceu as comemorações de maio em Cuba. O comandante recupera-se de cirurgia no estômago.2009- faculdade UNISUAM- serviço social- localizado no bairro de Bonsucesso. -presidente do Brasil: Luiz Inácio Lula da Silva. (Lula).- Barack Obama toma posse no dia 20 de Janeiro como primeiro presidente negro da história dos estados unidos da América.

Relato da entrevistada:

Quando perguntado sobre o colégio onde estudou, a entrevistada se emocionou e logo lembrou o hino que cantava toda semana: “salve ginásio republicano...” no colégio Pavuna que foi a escola que mais marcou sua vida escolar.Ela conta que os professores eram bastante rígidos, e não tinha uma boa relação com os alunos, mantendo certa distância, espécie de hierarquia. Como ela era bolsista integral da escola, tinha que manter as notas e freqüências em um nível elevado. Durante o seu período na escola Pavuna ela conviveu com pessoas de diversas camadas sociais, e mesmo com tantas diferenças, não sofreu nenhum tipo de preconceito.O uniforme era obrigatório e sem ele não poderia entrar na escola. Os alunos se divertiam no pátio, nas aulas de educação física e nas aulas de músicas, onde eram obrigados a cantar em corais da igreja católica.
A relação escola-família era dada pela “caderneta”, onde os responsáveis podiam acompanhar a vida escolar do aluno. Sobre o comportamento da época, a entrevistada conta que os estudantes se divertiam ouvindo música e fumando escondido no banheiro, onde foi pega e levada para diretoria, e só pode entrar dois dias depois com a presença do responsável.
Assim como ela, as maiorias dos seus colegas não tinham perspectiva de continuar estudando devido às necessidades financeiras, a falta de incentivo e esclarecimento sobre o ensino superior. Ela conta o fato de ter parado de estudar tão cedo, se justifica por ela não ter tido ninguém que pudesse incentivá-la.
Após 30 anos do ensino fundamental, ela decide freqüentar um supletivo e imediatamente ingressar no ensino superior, sonho até então perdido no passado.
Comparando:
Fazendo uma analogia com o passado escolar da minha mãe e o meu, pude tirar uma conclusão de que além de não existir mais admissão (Para iniciar o curso secundário o aluno deveria prestar um exame de admissão, Nele o patriotismo, esclarecido pelo conhecimento elementar do passado e do presente do país, deverá ser formado como um sentimento vigoroso, como um ato de fervor de indissolúvel apego e é indefectível fragilidade para com a pátria) fato que eu desconhecia até existe momento. Os professores eram muito mais rígidos, eram conduzidos até o pensamento e não levados a buscar e criticar o que é ensinado nos dias atuais.
Eu enquanto aluna teve o privilégio de estudar em um colégio construtivista (que consiste em fazer repetir, recitar, aprender, ensinar o que já está pronto, em vez de fazer agir, operar, criar, construir a partir da realidade vivida por alunos e professores, isto é, pela sociedade. A Educação construtivista consiste em um processo de construção de conhecimento).
Hoje os alunos são vistos como sujeitos com opinião, que podem e devem criticar o conhecimento adquiridos, diferentes da escola que minha mãe freqüentava há 40 anos.
Legenda das fotos:
1-Certificado de conclusão da 4ª série.
2-identidade do Colégio Pavuna 7ª série.
3- Serviço de bolsas de estudo Colégio Pavuna.

Por: Daniela Palmeiro

Posted by Thays França | | Posted on 13:03

0

Entrevistada: Ignez Campos Cabral. Avó materna. Uma investigação.
Por: Daniela Palmeiro
1940 a 1942 – Jardim de Infância
1943 a 1947 – Escola Primária
1948 a 1951 – Ginásio
1952 a 1954 – Curso Normal

Durante o jardim o Brasil se encontrava na época do Estado Novo. Na época em que a entrevistada cursava a escola primária e seu curso do normal se passava no governo de Getúlio Vargas, no Ginásio – governo Eurico Gaspar Dutra.

A entrevistada me relatou que durante sua escolaridade os alunos eram de diversas camadas sociais, mas que, na escola, se igualavam pelo uniforme e livros (que no caso de alunos carentes, esses livros eram doados pela caixinha escolar que ocorria todos os anos onde pais doavam a quantia que pudesse ajudar, sendo assim não obrigatória a ajuda). Quando perguntada sobre o espaço físico do colégio em que estudava (Instituto de Educação) a entrevistada emocionada me contou que era uma escola bem ampla, salas grandes para 45 alunos, pé direito de 4 á 5 metros,jardins,piscina,biblioteca num prédio a parte, campo de esportes,ginásio coberto e um pátio interno. Os professores exigiam respeito (os alunos tinham que se referir aos professores com senhor, senhora), os alunos ficavam de pé desde a entrada do professor até ele mandar que se sentasse. Os professores homens usavam terno e gravata para dar aula. Eles eram muito rigorosos, a relação entre aluno e professor era muito pouca onde os professores mandavam e os alunos obedeciam, sem quase nenhuma hipótese de questionamentos da parte do aluno (só alguns professores deixavam que se fizessem interrupções para esclarecimentos).
As aulas eram teóricas, mas tinham também algumas aulas expositivas. Os livros didáticos eram de vocabulário difícil para a faixa etária das alunas. Como havia concurso de admissão no colégio, todas as alunas tinham em mente a formação para magistério, assim os exercícios passados eram apresentados na data certa.

As provas escritas eram no período de junho e novembro e as provas orais em dezembro que eram realizadas por todas as alunas, mesmo com média baixa. O nível de freqüência era com pouquíssimas faltas e geralmente por doenças (que era necessário levar o atestado médico). Estudava-se muito com o objetivo de se formarem profissionais (professoras) competentes.
A grande maioria cursava o curso de pedagogia ou outras licenciaturas, como a entrevistada que foi aluna da UERJ em pedagogia. Com vista a pós-graduação (como não havia mestrado em educação, na época no Brasil), a entrevistada se candidatou e foi aprovada na seleção de bolsistas da Fulbright, para estudar nos Estados Unidos. Como já era professora da prefeitura, só pôde ficar um ano letivo nos Estados Unidos, onde foi tempo insuficiente para o término do mestrado. De volta ao Brasil, anos mais tarde, completou os créditos de Mestrado em Educação na PUC / RJ.

Sobre o comportamento dos estudantes na época, a entrevistada conta que todos tinham muita disciplina, o que possibilitava terem aulas de canto onde cantavam até musicas de Villa Lobos, a quatro vozes.

Havia também competições de ginástica entre as escolas da região. Não havia quase brigas entre alunas e quando havia desvio de conduta como, por exemplo, uniforme com pequenos itens fora do padrão, a aluna era levada à chefe das inspetoras que resolvia o assunto. A entrevistada não presenciou nunca, alunas sendo postas para fora de sala de aula. O diretor era altamente considerado e as alunas não tinham diálogo com ele. O preconceito não era revelado porque as atitudes, uniformes, dedicação aos estudos, vocabulário do dia a dia era o mesmo, sem distinção em relação a pobres ou não.
A escola prestava grande assistência material e como havia um concurso rigoroso para entrar no curso ginasial, intelectualmente não havia grandes desníveis.
A comunicação entre pais e professores era nenhuma. Se a aluna tivesse grande necessidade de se ausentar mais cedo ou chegar mais tarde, os pais compareciam ao gabinete da inspetora chefe. O apoio do aluno família como foi relatado, havia um apoio financeiro e alimentar. As alunas necessitadas, só a direção identificava, as colegas não sabiam, não identificavam essas alunas carentes.

No caso de dificuldades os professores somente passavam e corrigiam mais e mais trabalhos, como exercícios, redações.
Comparando:
Observando o passado escolar da minha avó com o meu, pude tirar a conclusão que não tem grandes diferenças, pois como ela eu também estudei em uma escola pública onde tem grande nome e respeito perante a sociedade por ainda ter regras disciplinares como antigamente. No Colégio Pedro II estudei durante todo meu ensino fundamental e médio. Alguns pontos, no entanto são diferentes, como por exemplo, hoje em dia não existe mais o concurso de admissão, que na época da minha avó foi essencial para a entrada no colégio. Porém no Pedro II (que não foi o meu caso) ainda existem provas para estudar lá.

Como a minha avó eu também tive uma disciplina escolar bastante rigorosa, claro que não tanto quanto na época dela, pois hoje em dia o aluno tem o direito de questionar o professor e há mais comunicação aluno professor e escola família. O colégio onde estudei ainda tem os costumes na disciplina como exemplos, onde o aluno tem que se levantar para a chegada da direção do colégio dentro de sala de aula, só podendo o aluno sentar quando a direção permitir, o nível de freqüência não pode ser baixo, pois se não é reprovado, o uniforme tem que ser impecável e completo composto de emblema, caderneta, caso contrário não é permitido à entrada do aluno.

Tive oportunidade de dentro da escola por ser bem ampla onde tinham em torno de 30 alunos por turma e 3 turmas por turno, ter disciplinas como música onde aprendi a ler partituras e a tocar instrumentos como flauta doce,ter aula de Ed. Física, onde ocorria sempre campeonatos entre alunos,oportunidade de aprender novas línguas como o Espanhol, Inglês e Frances e aprender em aulas de filosofia e sociologia a ver a sociedade igual sem dentições ou preconceito pois a escola tinha pessoas de classe media boa e outras baixa, onde todos tinham o mesmo tratamento, como almoço dado pela escola,os livros didáticos adotados eram todos doados pelo MEC, uniformes doados a aqueles que não podiam comprar e aulas extras em turno trocado para todos que tinham dificuldades escolares onde eram dados exercícios como preparatório para as provas e aqueles que não foram bem na prova ainda tinha o “apoio” onde tinham mais aulas extras e a chance de fazer outra prova para recuperar a média para passar de ano que era 7.

O comportamento dos alunos na escola era muito parecido com a época da minha avó, pois como ela eu também tinha que ter disciplina, como postura em forma de sentido para cantar o hino da escola uma vez na semana, quando não tinha uma boa disciplina eram chamados os responsáveis e o aluno levava advertências onde cada aluno só poderia ganhar no Maximo 4 dependendo do grau da indisciplina.Cada aluno só poderia repetir a mesma série uma vez se não era mandado se retirar da escola (expulsão).

Por: Thays Nascimento

Posted by Thays França | | Posted on 20:02

0

INTRODUÇÃO

Começar este trabalho não foi fácil. Logo no inicio eu já tinha em mente quem entrevistar, pois sempre me interessei pelo passado escolar de minha avó. Antes mesmo de começar a faculdade a ouvia contando suas histórias e conseguia enxergar o quanto seus olhos brilhavam.
Vivemos em épocas diferentes e muitas coisas mudaram com o passar do tempo, espaço físico, Professores, normas e rotinas, além da realidade dos alunos que viviam como se em um mundo diferente ao qual as crianças e adolecentes de hoje em dia tem a oportunidade de viver.

Quando comuniquei a minha avó sobre esse resgate do seu passado, foi um pouco dificil pois pelo tempo que se passou (tudo se passou na década de 40). Ela não se lembrava o nome da Escola, apenas da localização onde hoje é uma cidade do interior de São Paulo chamada Cachoeira Paulista.

Com a ajuda de mapas e do Google Earth fomos percorrendo pelo computador o caminho que Ela fazia a pé todos os dias para chegar a escola e conseguimos encontrar o nome da rua e por fim achar a Escola onde cursou o antigo Primário.

Com a ajuda de alguns ex alunos do famoso Grupão ou Grupo Escolar de Cachoeira Paulista através de um site de relacionamentos, consegui coletar mais informações sobre essa Escola tão importante.

Graças a um grupo de historiadores do Estado de São Paulo que divulgaram pela Internet um trabalho minuscioso sobre as escolas estaduais tombadas pelo Patrimônio obtive mais informações a respeito do local onde minha avó passou alguns anos de sua vida estudando...

FATOS HISTÓRICOS:
Nesta época, os conflitos armados que assolaram a década anterior chegam ao apogeu, com o holocausto, e declínio. Um ataque realizado pelo Japão em Pearl Harbor marca a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Os estadunidenses explodem bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, matando milhares de civis no Japão, e supostamente precipitando o fim da guerra. Hitler comete suicídio e Mussolini é fuzilado. Ocorrem também os julgamentos de Nuremberg onde foram julgados 24 criminosos de guerra aliados a Hitler, dos quais 13 foram condenados à morte na forca, três foram absolvidos e os demais condenados a outras penas. Teve início também a Guerra Fria, onde aumentaram as tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Nesta
década, foi criado o primeiro computador, o ENIAC, assim como também o primeiro helicóptero de carga e o primeiro transístor. Foram também estabelecidos a ONU, a OTAN, o FMI e o Banco Mundial. Tem início o Plano Marshall, de recuperação econômica da Europa pós-guerra.


ENTREVISTA:
Minha avó tem 70 anos e cursou apenas o antigo Ensino Primário (atual Ensino Fundamental) no Grupo Escolar de Cachoeira Paulista SP, a partir de 1947 a 1950.

Como se sentiu no primeiro dia de aula na Escola?

Quando entrei na escola fiquei tremendo de medo, eu morava na casa de uns amigos dos meus pais e eles me matricularam para eu estudar enquanto meus pais trabalhavam na roça; Viemos do interiorzão mesmo e aquilo era muito novo para mim.

Como era a sua escola?

As salas de aula tinham carteiras individuais, tinteiro e pena, janelas grandes e chão de tábua, as meninas pobres como eu usavam papel pardo fornecido pela escola (caixa escolar), eles me davam o uniforme, a merenda (as vezes eles pediam pra levar arroz, açúcar),

Qual era o cardápio dessa merenda?

Geralmente era sopa de fubá com couve, arroz doce, canjica...

Como eram os alunos?

Os meninos não estudavam na mesma sala que as meninas, a Escola era dividida por uma parede que separava os meninos da meninas, até a entrada era por locais diferentes.
Na sala de aula tinha em torno de 35 alunos.

Como eram os professores e diretor do Grupo?

Os alunos chamavam a Professora de Dona ou Senhora, todas as vezes que Ela ou o diretor entravam na sala de aula os alunos se levantavam como um gesto de respeito; Eram todos os professores rigidos.

Como a escola reagia se algum aluno se comportasse mau?

Embora eu nunca tenha feito "arte", os meus amigos diziam que o diretor colocava os alunos bagunceiros numa sala escura que tinha um esqueleto... todos tinham medo! (risos)

Como era a rotina na Escola?

Cantávamos o Hino Nacional, da bandeira, do dia das mães, do dia da árvore, da independência do Brasil, a escola era muito agitada... Tinha muitas atividades.
Tinha um médico e um dentista que dava vacina nos alunos, inclusive uma vacina me salvou da morte quando teve um surto de febre onde eu morava no interior...
As crianças eram alfabetizadas pela cartilha Caminho Suave. Eu sempre tirava nota máxima em comportamento, e os professores reprovavam os alunos que não iam bem nas aulas e tirava notas baixas nas provas...

Por que não continuou a estudar?

Tive que sair pois meus pais voltaram para a cidade onde eu morava antigamente e eu como tinha crescido um pouco mais fui ajudar eles na lavoura. Eu via as meninas maiores amigas minhas cursando o ginásio em escolas particulares e sentia até um pouco de inveja pois não tinha a mesma oportunidade que elas. Nunca mais voltei a estudar.


Devido problemas de saúde da minha avó alguns dados ela não conseguiu lembrar, mas com a ajuda de alguns ex alunos que estudaram no mesmo grupo e a comunidades de um site de relacionamentos foram passadas informações de grande valor.
Tinha um dentista, na época o Dr.Roque Cozzi, que fazia avaliação periódica nos alunos e se necessário fazia o tratamento.
Algumas vacinas eram aplicadas no pátio da escola, inclusive a de varíola, em que usavam um bastão cuja ponta eles faziam vários furos no braço e inoculavam a vacina. O que a ex aluna citou foi o caso que minha avó contou sobre uma doença que graças a vacina dada na Escola ela não morreu.
As crianças prestavam muita atenção na aula e tinha bastante lição para copiar da lousa (chamadas de "ponto") e também muita lição para fazer em casa. Os alunos aprendiam bem, caso contrário eram repovados quantos anos fossem necessários. Outra lembrança dos tempos dessa escola é que no fim do ano a diretoria e os professores reuniam os melhores alunos do ano no cinema e davam premios de 1º, 2º e 3º lugar (as notas eram de 0 a 100).

OUTROS DADOS

O projeto de construção do Grupo Escolar de Cachoeira Paulista foi do ano de 1909 e sua inauguração ocorreu anos mais tarde em 1913.
Foi Elaborado por José Van Humbeeck, para 11 escolas (Brotas, Cachoeira Paulista, Descalvado, Igarapava, Lençóis, Matão, Piraju, São Bento de Sapucaí, São João da Bocaina, São Pedro e Tambau), com 8 salas de aula (à exceção de Descalvado, que teve ao seu projeto 2 salas acrescidas). As plantas são simétricas com, uso independente para cada seção, isolada por porta tipo vai-e-vem, localizada no corredor central.

Pelo alto valor histórico na evolução educacional do Estado de São Paulo, juntamente com outras 122 escolas públicas da capital e do interior, seu prédio foi tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT).
Atualmente o antigo Grupo Escolar se chama EE Evangelista Rodrigues oferece Educação Infantil de primeira a quarta série e educação especial, está situada na R. Dr. Bernardino de Campos, 103. Centro, Cachoeira Paulista, SP.
Cep. 12630-000.
Você pode baixar o documentário do Grupo Escolar na íntegra através de CR Mario Covas (texto em PDF).

CONCLUSÃO

De acordo com as informações relatadas pela minha avó, pude então perceber que ,infelizmente, as concepções de formação de um cidadão da escola a qual ela pertenceu não eram compativeis com as necessidades sociais dela, dado o fato de que ela vivia em um ambiente rural no qual tinha que ajudar seus pais a realizar o trabalho no campo.

Hoje em dia existem programas de incentivação a criança estudar, bolsas cedidas pelo governo e grande incentivo por parte da mídia e de outros meios para que todos estudem. Naquela época minha avó era obrigada a largar a escola todos os anos para ajudar aos pais na lavoura sendo impossivel se pensar em futuro profissional (não podemos deixar passar desapercebido que existem na nossa década, cidades que ainda tem este tipo de costume). Meus bisavós eram preconceituosos em relação aos filhos que se interessavam em frequentar uma escola da região.
Mesmo com esta criação minha avó se preocupou em que seus filhos e netos não tivessem o mesmo destino que ela de ter a triste lembrança do que poderia ter feito se tivesse oportunidade de concluir os estudos, o que talvez tenha acontecido com outros brasileiros, outros avós, outros bisavós enfim, pessoas com o passado sofrido que sonham ou sonharam com um futuro melhor para a sua geração seguinte.

BIBLIOGRAFIA:

São Paulo (Estado). Directoria Geral da Instrucção Publica.
Annuario do Ensino do Estado de São Paulo. São Paulo: Typ.
Siqueira, 1913.

São Paulo (Estado). Directoria Geral da Instrucção Publica.
Annuario do Ensino do Estado de São Paulo. São Paulo: Typ.
Augusto Siqueira & C., 1915.

CORRÊA, Maria Elizabeth Peirão; NEVES, Helia Maria Vendramini e
MELLO, Mirela Geiger de. Arquitetura escolar paulista: 1890-
1920. São Paulo: FDE-Diretoria de Obras e Serviços, 1991.




Memorial da Educação:


História da Educação:


Google Earth:


Comunidade no Orkut de Cachoeira Paulista SP:


Comunidade no Orkut do Grupo Escolar de Cachoeira Paulista SP:
LEGENDA DAS FOTOS:
Foto 1: Foto atual do Grupo Escolar de Cachoeira Paulista.
Foto 2: Cópia da Cartilha Caminho Suave, ao qual os alunos da época eram alfabetizados.
Foto 3: Foto antiga do Grupo Escolar.